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Mostrando postagens de fevereiro, 2019

Após um mês de crime da Vale em MG, manifestantes cobram justiça e cuidados com o Rio São Francisco

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Seguindo uma mobilização nacional, trechos das principais ruas do centro da cidade de Juazeiro (BA) deram passagem na manhã desta segunda (25) a um Ato Político organizado por movimentos populares e instituições de apoio da região. Quem caminhava na via, segurava faixas, microfone, distribuíam panfletos ou quem simplesmente parou suas atividades pra prestar atenção na movimentação na rua, expressava sua solidariedade com as vítimas do crime da Vale ocorrido a exato um mês em Brumadinho (MG) e clamava pela vida do Rio São Francisco. O Ato teve concentração na Praça Dedé Caxias, reunindo participantes da área urbana e rural de Juazeiro e de outros municípios do Sertão do São Francisco, na Bahia, bem como de Pernambuco. Em caminhada, as/os manifestantes seguiram até a Orla Nova, onde aconteceu uma celebração inter-religiosa guiada pela representante dos povos de terreiro, Ioná Pereira, e pelo bispo da Diocese de Juazeiro, Dom Beto Breis. Pescadores/as, agricultores/as, atin

Fórum Permanente de Defesa do Rio São Francisco reúne dezenas de entidades e sociedade civil

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Primeira Reunião do Fórum, realizada dia 6 de fevereiro. O crime ambiental cometido pela empresa Vale, na cidade de Brumadinho, que levou ao rompimento da barragem do Córrego do Feijão, provocando a morte e o desaparecimento de mais de 300 pessoas, entre trabalhadores e agricultores, mobilizou e sensibilizou dezenas de instituições e a sociedade civil do Vale do São Francisco. Na verdade, esse foi o estopim de um problema que só cresce: os vários outros crimes e o descaso com a bacia do São Francisco, um dos maiores mananciais de água do país, que atravessa vários estados respondendo pela vida e pela economia de milhões de pessoas. Essas foram as razões para a criação do Fórum Permanente de Defesa do Rio São Francisco, movimento que já reúne mais de 20 instituições entre universidades, movimentos sociais, organizações populares, poder público e institutos de pesquisa - como pode ser visto na lista abaixo - com o objetivo de manter uma vigilância permanente sobre um dos maio

Ato em solidariedade às vítimas da Vale e em defesa do São Francisco acontece em Juazeiro

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Na próxima segunda-feira, 25 de fevereiro, faz um mês do rompimento da barragem I da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG). Como forma de prestar solidariedade às vítimas do crime ambiental e humano cometido pela maior produtora e exportada de minério de ferro do mundo, a Vale, diversos atos e manifestações serão realizados nesta data em capitais e cidades do Brasil. No Vale do São Francisco, o ato será em Juazeiro, com concentração na Praça Dedé Caxias (localizada na Avenida Adolfo Viana na esquina com a Rua Oscar Ribeiro), a partir das 8h. Os/as manifestantes seguirão em caminhada até o Vaporzinho, na Orla II de Juazeiro, onde o ato será encerrado com um momento inter-religioso. A programação do ato também contará com apresentações culturais. O músico Fatel e a banda P1 Rappers confirmaram presença no evento. O rompimento da barragem de rejeitos de Brumadinho provavelmente entrará para o ranking mundial como a tragédia que deixou mais mortes envolvendo barragens na

Brasil Sanguinário

Por Roberto Malvezzi (Gogó) Quando Bolsonaro elogiou a tortura e Brilhante Ustra como herói da pátria, e a dita sociedade democrática ficou em silêncio, acendeu-se o sinal vermelho. Quando Moro disse que medidas de exceção eram necessárias porque o Brasil vivia um momento excepcional, era o fim da Constituição, da hierarquia jurídica e era a abertura da janela para um regime de exceção. Quando Guedes diz que a esquerda tem cabeça mole, coração mole e a direita tem a cabeça e coração duros, ele define a essência diferencial entre esses seres humanos. Quando o presidente da Vale vai ao Congresso Nacional, todos os presentes fazem um momento de silêncio em pé pelos mortos de Brumadinho, e ele permanece sentado, ele declara que a Vale não tem mesmo qualquer interesse nos seres humanos, inclusive porque já fizera uma projeção de todos os custos do rompimento, inclusive o cálculo das possíveis vidas a serem ceifadas. Quando o Bope do Rio encontra 20 “jovens bandidos” num quarto

O Beabá do Sínodo Pan-Amazônico

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Por Roberto Malvezzi (Gogó) “Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”. Esse é o lema do Sínodo Pan-Amazônico que acontecerá em outubro de 2019, em Roma. Sínodo vem do grego e quer dizer “caminhar juntos”. Então, faço alguns esclarecimentos sobre o Sínodo, já que faço parte como “olho de fora” do núcleo de assessoria da REPAM-Brasil (Rede Eclesial Pan-Amazônica), que colabora de forma decisiva na preparação do Sínodo. Primeiro, em 2014 foi criada a Rede Eclesial Pan-Amazônica. Os fundadores são o Conselho Episcopal Latino Americano (CELAM), Conferência dos Religiosos da América Latina e Caribe (CLAR), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Cáritas. Já havia iniciativas anteriores nessa linha, porém, mais na dimensão episcopal. A REPAM abrange as bases da igreja e outros setores da sociedade interessados numa Ecologia Integral. Essa criação deriva da posição do episcopado Latino-americano, definida no documento de Aparecida, q