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Mostrando postagens de julho, 2017

CPT Bahia lança relatório de Conflitos no Campo Brasil 2016 em Salvador

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Foto: Thomas Bauer/ CPT Bahia. Pesquisadores, professores, estudantes, representantes de entidades e movimentos sociais se reuniram nesta quinta-feira, 27, no Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador, para o lançamento do Caderno de Conflitos no Campo Brasil 2016. O relatório da Comissão Pastoral da Terra (CPT) reúne dados sobre os conflitos por terra, água e trabalhista, e violências sofridas pelos trabalhadores/as do campo brasileiro, incluindo indígenas, quilombolas e demais povos tradicionais. O evento contou com a participação de Joaci Cunha, assessor do Centro de Estudos e Ação Social (CEAS), que abriu o debate com a análise de conjuntura; Mirna Oliveira, advogada da Associação de Advogados/as de Trabalhadores/as Rurais (AATR), que lançou a Revista “No Rastro da Grilagem”; Edvagno Rios, integrante do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA); e trabalhadores/as vítimas de conflitos na Bahia. Ruben Siqueira, um dos coordenador

Aos que estão desanimados

Por Roberto Malvezzi (Gogó) Escrevo para mim mesmo e tantos outros que estão como eu. A imposição ditatorial dos valores e regras do extremo liberalismo sobre o povo brasileiro sem que tenhamos qualquer possibilidade aparente de defesa, jogou um mar de pessimismo e imobilidade sobre as multidões. Como pessoas desse povo, também é impossível escapar ilesos. Mas, para quem está desanimado, é preciso lembrar outras situações. Lembre-se dos milhões de pessoas que estão sendo violentadas e assassinadas pelas guerras na Síria, no Iraque, no Sudão e no Afeganistão. Lembre-se do povo palestino, confinado em seu território, sem poder controlar inclusive o uso das águas que brotam em seu território. Lembre-se nos migrantes, dos “desplazados ambientales”, expulsos de suas terras e de seus familiares, migrando incertos pelos mares e novas terras. Lembre-se das pessoas sepultadas no mar, dos que são mortos nos muros, dos que morrem no deserto buscando outro lugar. Lembre-se do

Versão digital da publicação "No Rastro da Grilagem" é disponibilizada gratuitamente

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O primeiro número da   publicação  "No Rastro da Grilagem", intitulado "Formas Jurídicas da Grilagem Contemporânea" está disponível em versão digital. A revista, produzida pela  Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais no Estado da Bahia ( AATR) em parcerias com entidades como a Comissão Pastoral da Terra e movimentos sociais, visa  servir como um instrumento de análise jurídica, sistematização, reflexão e denúncia de casos de grilagem no estado. Nove textos sobre grilagens de terras reconhecidas,  e em fase de reconhecimento,   pelo Estado da Bahia fazem parte da obra. Os casos apresentados na publicação evidenciam situações que prejudicaram a vida de milhares de camponeses e camponesas. Entre os textos, dois tratam de grilagens que aconteceram em comunidades tradicionais de fundos de pasto do Território do Sertão do São Francisco:  Angico dos Dias, em Campo Alegre de Lourdes; e Areia Grande, em Casa Nova.  A versão impressa da publicação foi

Nota de Repúdio pelo assassinato do quilombola e militante do MPA José Raimundo Mota

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"Por este jovem lutador do povo ceifado cruelmente e por tantos outros(as) mártires da terra, clamamos por justiça e até que isso ocorra, não haverá nenhum momento de silêncio", manifesta, em Nota, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) Centro Norte, Diocese de Bonfim, no estado da Bahia. Confira:   “Ouço o sangue do seu irmão, clamando da terra por mim” (Gn 4, 10) No atual contexto de aumento significativo da violência no Campo, é com profundo pesar e indignação que a Comissão Pastoral da Terra Centro Norte, Diocese de Bonfim, na Bahia, vem através desta denunciar o brutal assassinato do jovem militante do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), José Raimundo Mota de Souza Junior, 38 anos, casado, filho caçula de uma família de dez irmãos, da comunidade quilombola Jibóia, município de Antonio Gonçalves, Bahia. De acordo com familiares, ontem (13/07/2017), por volta das 16h, enquanto Junior trabalhava na roça junto com um dos seus irmãos e sobrinhos que se en

Caravana Agroecológica denuncia violações de direitos e fortalece lutas de comunidades e povos tradicionais no Semiárido baiano

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Entre os dias 26 a 30 de junho, a “Caravana Agroecológica do Semiárido Baiano: nos caminhos das águas do São Francisco”, percorreu os municípios de Juazeiro, Sobradinho, Campo Formoso, Jacobina, Casa Nova, Remanso e Campo Alegre de Lourdes, com a proposta de visibilizar as denúncias, os conflitos e as experiências de resistência e organização de comunidades dos municípios visitados. O  submédio São Francisco é uma região que concentra muitos conflitos agrários, por conta dos grandes projetos que concentram água e terra e tentam, há décadas, expulsar e oprimir os povos que lutam e resistem em seus territórios. Participaram  cerca de 70 pessoas, entre representantes de organizações e movimentos sociais, universidades, institutos de pesquisa e órgãos públicos, que vivenciaram diferentes realidades que ameaçam povos e comunidades do território. As visitas foram feitas em duas diferentes rotas, que buscaram promover uma reflexão sobre os modelos de desenvolvimento e os sistemas agroa

História de resistência, luta e organização de Areia Grande chama a atenção da Caravana Agroecológica

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Os relatos e depoimentos das lideranças e famílias da localidade de Areia Grande, interior de Casa Nova, durante a visita da Caravana Agroecológica do Semiárido Baiano à comunidade, revelaram uma historia de luta, resistência e denuncias presente na vida de um povo unido e organizado. “Areia Grande é a comunidade mãe de todas as lutas contra as injustiças nessa região do São Francisco”, afirmou Rubem Siqueira, membro da Comissão da Pastoral da Terra (CPT) e participante da Caravana. Para o Presidente da Associação de Areia Grande, Valério Rocha, a união das famílias foi fundamental para a comunidade enfrentar as ameaças, que desde a construção da Barragem de Sobradinho, na década de 70, insistem em querer expulsar as pessoas de sua terra, destruindo a Caatinga, os solos e outros recursos naturais importantes para as famílias que vivem basicamente da criação de animais em áreas de fundo de pasto. Valério destaca que nos últimos anos, quando a Justiça de Casa Nova emitiu uma ordem d