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Mostrando postagens de janeiro, 2013

Quatro anos depois, assassinato de camponês em Casa Nova continua impune

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Há exatos quatro anos o camponês José Campos Braga perdia sua vida por defender seu pedaço de chão onde morava em Casa Nova (BA) com sua esposa e nove filhos. O agricultor foi covardemente assassinado em Areia Grande, área de fundo de pasto que há 30 anos sofre com investidas de grileiros. Alguns meses antes do assassinato, uma milícia particular entrou na área destruindo casas, currais e intimidando as famílias com armas de fogo. Com tais atrocidades, queimaram crianças e  induziram ao aborto de uma das moradoras. Sempre combativo e contrário as ameaças dos grileiros, no dia 31 de janeiro de 2009 Zé de Antero, como era chamado, voltava  para casa depois de ter ido à feira em Casa Nova. Cinco dias depois foi encontrado morto, perto da sua residência, com um tiro na nuca e outro perto da orelha, segundo dados da Polícia-Técnica. Até hoje o inquérito não foi concluído. O conflito agrário em Areia Grande começou em 1980 com a grilagem de terras durante o "Escândalo da

Ex-presidente da UDR vai a júri popular acusado de assassinar trabalhador sem terra

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Está marcado para a próxima segunda-feira (4) o júri popular que julgará o ex-presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Marcos Prochet, acusado de matar o camponês Sebastião Camargo, de 65 anos, em 1998. O julgamento será às 9h no Tribunal do Júri de Curitiba (PR). O trabalhador sem terra foi morto durante um despejo ilegal na cidade de Marilena, no Noroeste do Paraná, que envolveu cerca de 30 pistoleiros, entre eles Augusto Barbosa da Costa, integrante da milícia organizada pela UDR, que também vai a júri na próxima semana. Além do assassinato de Camargo, 17 pessoas, inclusive crianças, foram feridas durante a ação truculenta.

Lucro e impunidade impulsionam trabalho escravo no país, diz procurador

O lucro e a impunidade são dois fatores que ainda impulsionam o trabalho escravo contemporâneo no país. A afirmação foi feita na segunfa-feira 28 pelo procurador-geral do Trabalho, Luís Antônio Camargo, em entrevista ao programa  Revista Brasil , da  Rádio Nacional AM de Brasília , na data que marca o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. “O trabalho escravo contemporâneo ocorre porque há impunidade e um lucro muito grande. Qualquer empresário que tem trabalhadores, que cumpre a legislação, tem custo com relação a isso. Ele paga os trabalhadores, assina a carteira, recolhe Fundo de Garantia [FGTS] e tantos outros benefícios que a lei aponta. Esse empresário cumpridor da legislação, respeita [a lei]. Aquele que não cumpre a legislação acaba tendo um lucro fabuloso. É lucrativo para quem explora o trabalhador”, explicou.

Trabalhadores relatam casos de trabalho degradante no Vale do São Francisco

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Neste vídeo produzido pelo Sintagro  e a CPT, trabalhadores e trabalhadoras da fruticultura irrigada do Vale do São Francisco falam como é o processo para garantir um dia de trabalho em uma das fazendas da região, em situações muitas vezes degradantes.  De acordo com  os dados parciais  da Campanha Nacional da CPT de Combate ao Trabalho Escravo, no ano passado foram registrados 168 casos de escravidão no Brasil, com 3.110  trabalhadores vitimados, sendo 2.187 resgatados. Na Bahia, em 2012 foram escravizados 172 trabalhadores, onze a mais que em 2011. Trabalho escravo é   compreendido como a combinação de situações de privação de liberdade (através da vigilância armada, opressão física ou psicológica, isolamento ou o trabalho em troca de pagamento de dívidas) e trabalho degradante, que podem envolver tanto alimentação insuficiente ou de má qualidade e água não potável, como alojamentos e instalações sanitárias insalubres, falta de assistência médica e primeiros socorros,

Para onde vai o Estado: Yamana Gold depende do governo para elevar produção

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                                                                                               A canadense Yamana Gold, uma das principais mineradora  de ouro no Brasil, depende da aprovação do marco da mineração ou da emissão de licenças no país para concretizar suas projeções de crescimento da produção nos próximos anos.

A Voz do Velho Chico aborda ocupação da Ilha do Fogo pelo Exército Brasileiro

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Neste domingo, o programa  A Voz do Velho  Chico aborda a polêmica ocupação da Ilha do Fogo pelo  Exército Brasileiro. A ilha está localizada entre Juazeiro e Petrolina e há quase 50 anos é um território pesqueiro.Mais de 40 famílias dependem do espaço para sobreviver. O comando militar deu até o próximo  dia cinco para que os trabalhadores saiam do local.  A entrada do Exército aconteceu em 3 de setembro de 2012. Além de fonte de renda, a Ilha do Fogo é considerada como um patrimônio cultura para baianos e pernambucanos. Reza  a lenda que uma enorme serpente está presa embaixo da  ilha por um fio de cabelo de Nossa Senhora das Grotas, padroeira de Juazeiro. Se o cabelo se partir,  as cidades irmãs serão inundadas pelas águas do São Francisco.  Os entrevistados Jucinei Martins, do Coletivo Amigos da Ilha do Fogo, e Cícero Fêlix, da Articulação Popular São Francisco Vivo, falam sobre as ações para reaver o espaço, e o que pode está por trás da investida militar. 

A SECA E O OLHAR SUDESTINO

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O pior da seca parece estar terminando, mas não terminou. Ainda haverá sofrimentos em 2013, menos água em muitos lugares, pastagem mais escassa, safra prejudicada. Mas, a tendência é a situação melhorar daqui para frente, voltando a longa estiagem lá pelo ano de 2050, daqui a trinta anos. Não se repetiu a tragédia humana das grandes migrações e do genocídio humano. A lógica da convivência com o semiárido provou ser a mais correta e a tragédia só não se repetiu graças a pouca infraestrutura já implementada, como cisternas e algumas adutoras.

VALEU, JOÃO

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A CPT da Diocese de Juazeiro lamenta o falecimento do fotógrafo João Zinclar. Com seu talento, João pôde mostrar, a diferentes públicos, as lutas dos povos da terra e das águas. Valeu, João! 

Casa Nova: homens atiram contra propriedade rural onde agricultor foi assassinado

Homens armados entraram em uma área rural de Casa Nova, conhecida como Areia Grande, na última quinta-feira 17 e fizeram disparos com arma de fogo contra a cisterna de um camponês conhecido como Agrício, informaram, à Comissão Pastoral da Terra, moradores da região. Na área ,um trabalhador rural foi assassinado há quase quatro anos. De acordo com as pessoas ouvidas pela CPT, os homens chegaram em três camionetes, e afirmaram estar cumprindo ordem do juiz, mas não apresentaram nenhum mandato judicial. Ainda de acordo com fontes da CPT, o cadeado que fica na cancela localizada na entrada do local foi arrombado. As quatro comunidades que integram o território Areia Grande sofrem ameaça de expulsão de sua terra há mais de 30 anos. Em 2009, o agricultor José de Antero foi assassinado, crime ainda não esclarecido, após uma séria de violações. Um ano antes, os moradores de Areia Grande foram submetidos a uma ordem de despejo judicial, impetrada por grileiros, e agressões por vários h

Estado cria conselho dos povos indígenas e comunidades tradicionais

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O governador do Paraná,  Beto Richa,  sancionou a lei que cria o Conselho Estadual de Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais, que passará a funcionar na estrutura da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos. Segundo a secretária Maria Tereza Uille Gomes, o objetivo é desenvolver um diálogo entre as secretarias e órgãos de Estado com a sociedade civil para construir as políticas públicas voltadas a essas populações.

Associações repudiam prêmio da Capes em parceria com a Vale

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Representantes de associações acadêmicas enviaram uma carta para o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) em repúdio à criação do “Prêmio Vale-Capes de Ciência e Sustentabilidade”.  O prêmio é direcionado às teses e dissertações sobre temas ambientais e foi criado a partir de uma parceria entre a Capes, agência do Governo Federal, e a mineradora, considerada a pior empresa do mundo no âmbito dos direitos humanos e do meio ambiente.

270 piauienses são resgatados do trabalho escravo todos os anos

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Centenas de trabalhadores rurais piauienses são resgatados de outros estados pela Polícia Federal em parceria com a Procuradoria Regional do Trabalho todos os anos. Segundo a Polícia, essas pessoas saem do interior do Piauí com promessa de emprego, carteira assinada e outras facilidades. Entretanto, a realidade é bem diferente quando se chega aos locais prometidos.