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Mostrando postagens de março, 2015

OUÇA O PROGRAMA A VOZ DO VELHO CHICO DESTE DOMINGO DIA 29!

Está no ar o programa A Voz do Velho Chico. Nesta edição, a  gente conversa com a comunidade de Tapera, em Sento Sé.  Acompanhe também como foi a oficina da Escola de Formação da Juventude Rural em Remanso.  O tema da atividade foi a produção de alimentos e geração de renda de forma sustentável no Semiárido.  A Voz do Velho Chico é o programa que conta a verdadeira história do povo do Vale do São Francisco. Apresentação de Juliana Magalhães. 

GRILAGEM DE TERRAS PARA INSTALAR PARQUE EÓLICO AMEAÇA FAMÍLIAS CAMPONESAS NA REGIÃO

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Parque eólico produz energia limpa pra quem?  Para famílias camponesas de municípios como Sobradinho, Sento Sé, Casa Nova a instalação de aerogeradores produz o medo de perder sua  terra, seu modo de produzir e viver no Semiárido.    Isso porque o modelo de geração de energia centralizado estimula a grilagem das terras de camponeses/as da região.  O vídeo acima mostra como está  a situação em Sobradinho, município onde já foi instalado o complexo  Pedra do Reino.   A lógica dos responsáveis pelos  megaempreendimentos que visam gerar energia a partir dos ventos que perpassam por territórios tradicionais é antiga. É aquela que prega expulsar os pequenos para garantir lucros aos grandes acionistas globais, com o apoio do Estado .   A mesma lógica trágica reproduzida  há 500 anos, mas, dessa vez, com um discurso de forte apelo social. O discurso da energia limpa. Na verdade, a velha  privatização dos bens comuns.  

VÍDEO MOSTRA A FALTA DE GESTÃO DEMOCRÁTICA DA ÁGUA, MOTIVO DA CRISE HÍDRICA NACIONAL

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Como já dizia o saudoso Dom José Rodrigues, bispo emérito da Diocese de Juazeiro, não falta água no sertão. Falta justiça. Esse  vídeo produzido pelo núcleo de comunicação do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada ( Irpaa)  discute o problema que é administrar a água para beneficiar prioritariamente grandes projetos do capital, como o agro e hidronegócio, como faz o atual modelo de governança do Estado brasileiro.   O vídeo mostra que a lógica dos grandes projetos pode e deve ser substituída pelas iniciativas voltadas para os pequenos, como as milhares de famílias camponesas do Semiárido que, com cisternas de pouco mais de 50 mil litros, garantem água para produzir e viver com dignidade nessa região, sem depender da  indústria da seca.   Contextualizando a temática do vídeo com a região de Juazeiro, é preciso lembrar que além dos problemas relacionados aos grandes projetos do agronegócio, como o da empresa Agrovale, a maior consumidora de água desse territór

UAUÁ CELEBRA SÃO JOSÉ COM ROMARIA NA SERRA DA CANABRAVA

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Fiéis percorrem seis quilômetros até capela construída em 1927 A comunidade católica de Uauá realizou a primeira romaria de São José  na tarde desta quinta-feira 19 de março.  A romaria reuniu mais de mil romeiros e romeiras de várias regiões do município. Saindo de Caldeirão da Serra, os/as fiéis percorrem cerca de seis quilômetros até a comunidade Serra da Canabrava. No local, há quase cem anos o povo celebra o dia de São José com tradição e fé no padroeiro dos trabalhadores. E na romaria não foi diferente. Presidida pelo pároco de Uauá, José de Erimateia, uma missa campal foi celebrada em frente à capela de São José, construída por famílias camponesas em 1927. Durante a celebração, o padre Erimateia lembrou do compromisso com a fé, inclusive na construção de uma sociedade melhor. “Lutemos para que as famílias revigorem suas forças, vivam como a vontade de Deus e sejam protagonistas da nova sociedade, mais justa, mais solidária. Continuemos, irmãos, a caminhar em bus

JOVENS DISCUTEM COMO PRODUZIR ALIMENTOS E GERAR RENDA DE MODO SUSTENTÁVEL NO SEMIÁRIDO

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O grupo visitou  unidade comunitária de processamento de frutas  Produzir alimentos e gerar renda de forma sustentável em territórios semiáridos foi o tema da quinta etapa da Escola de Formação da Juventude Rural de Remanso. A oficina aconteceu nos dias 14 e 15 de março, na sede do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais. Participaram da atividade cerca de 30 jovens de famílias camponesas. No primeiro dia de oficina, pela manhã, o integrante do Sasop, Elson de Oliveira,  discutiu aspectos produtivos da convivência com o semiáriado. Entres os pontos abordados na conversa, esteve as diferenças entre as sementes criolas, cultivadas pela agricultura familiar a gerações,  e aquelas produzidas por empresas multinacionais, como as sementes transgênicas. À tarde o grupo foi até a comunidade de Salinas Grande. Na localidade, os/as jovens observam  também como a organização coletiva pode ser importante para o sucesso da produção familiar. Em Salinas, o grupo conhece

PILÃO ARCADO: ESCOLAS FECHADAS APESAR DO ANO LETIVO JÁ TER COMEÇADO

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Escola abandonada na comunidade de Vereda da Onça  O descaso com a educação pública em Pilão Arcado ainda beira o absurdo. Para se ter uma ideia da situação, mais de um mês após o prazo para o início do ano letivo municipal, 9 de fevereiro,   em várias escolas do interior não há nenhum  sinal de quando as aulas vão começar. Para o mês de fevereiro estavam previstos 13 dias de aulas. Mas em escolas como a João Félix Marcos, mostrada na imagem, nenhum dia letivo ocorreu. Neste mês de março, até a data da sexta-feira 13, já foram perdidos 10 dias de ensino. Na escola da comunidade de Vereda da Onça, exibida na fotografia, os alunos e alunas da região devem esperar não se sabe ainda quanto tempo para terem o direito de estudar. Isso porque a unidade escolar está totalmente abandonada.  De portão fechado, muro rachado, cisterna seca, e salas completamente sujas, o estado da unidade escolar revela que há muito tempo nenhuma atividade de ensino é realizada ali. O que aconte

FIOL AMEAÇA SEGURANÇA ALIMENTAR DE FAMÍLIAS CAMPONESAS EM CAITITÉ

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Sítio que foi destruído pelas obras da Fiol  O agricultor Edízio Catarino, 63 anos, morador da fazenda Manoel Vicente, em Caetité-BA, vive há 35 anos da produção de sua pequena propriedade no sítio Barroca, cultivando produtos como feijão, milho, verduras, hortaliças e algumas frutas. Há dois anos, quando foram iniciadas as obras da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol), seu sítio foi cortado ao meio por um trecho da obra e Edízio viu grande parte da sua produção ser destruída. O projeto da Fiol, com 1.527 km de extensão, vai ligar o porto marítimo de Ilhéus (Porto Sul) e as cidades de Caetité e Barreiras, na Bahia, à cidade de Figueirópolis, no Tocantins, para escoamento de minério de ferro, soja, etanol, fertilizantes e outros tipos de cargas que chegarem ao litoral baiano. Um desses trechos passará pela propriedade de Edízio. Segundo o agricultor, a Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A, que administra a obra, contratou 80m de largura e mais 500m d