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Mostrando postagens de setembro, 2019

Mineração: uso de explosivos aterroriza comunidade de Angico dos Dias

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Entrada da comunidade Angico dos Dias. Mineradora ao fundo, à esquerda. A população de Angico dos Dias e de comunidades do entorno, no município de Campo Alegre de Lourdes (BA), está assustada com a notícia de que a mineradora Galvani voltará a usar explosivos. Há cerca de três anos, a empresa, localizada no território das comunidades tradicionais de fundo de pasto, realizou explosões que provocaram diversos prejuízos aos trabalhadores/as rurais. As comunidades temem que agora os impactos possam ser maiores.  De acordo com a Associação de Fundo de Pasto de Angico dos Dias e Açu, as primeiras explosões da Galvani causaram rachaduras em várias casas e cisternas, além de espalhar o sentimento de terror na população. “Eu ia entrando na porta do fundo em casa e aquele vento daquele negócio me jogou pra dentro que eu quase bato na outra parede, ficou todo mundo muito abalado com aquilo, porque ninguém nunca tinha visto”, relata um dos moradores da comunidade. A Associação destaca q

“Uma luta só”: comunidades tradicionais de fundo e fecho de pasto e quilombolas unidas na defesa dos territórios

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“As comunidades tradicionais de fundo de pasto e as quilombolas lutam para conquistar os seus direitos, enfrentam mineradoras e outras empresas, e têm uma luta só, só muda a identidade de cada uma”, comenta Ana Paula Santos, após dois dias de troca de saberes e experiências. A jovem, da comunidade de fundo de pasto Riacho Grande, em Casa Nova (BA), foi uma das participantes do Encontro das Comunidades e Povos Tradicionais, realizado nos dias 30 e 31 de agosto, em Senhor do Bonfim (BA). Organizado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Encontro reuniu integrantes de comunidades de fundo e fecho de pasto e quilombolas de diversos municípios das regiões das Dioceses de Senhor do Bonfim, Juazeiro, Ruy Barbosa, Barra e Irecê. Durante dois dias, os/as participantes analisaram e debateram sobre o contexto político atual, nos âmbitos federal e estadual, e suas consequências nos conflitos territoriais que grande parte das comunidades presentes enfrentam há décadas. Para estimu

Mulheres do Sertão do São Francisco debatem feminismo e agroecologia

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                                                                                                                      Liberdade, empoderamento, respeito, organização e coragem. Estas foram algumas das palavras escritas em pétalas que formaram uma grande margarida no primeiro dia da 18ª Assembleia da Rede Mulher do Sertão do São Francisco. Além da força dos sentimentos escritos, o símbolo escolhido para o início do encontro foi bastante representativo. A flor fez memória à 6ª Marcha das Margaridas, que aconteceu no mês passado, em Brasília, e levou 100 mil mulheres às ruas. Inspiradas na força feminina que tomou conta da capital federal e da líder sindical Margarida Maria Alves (assassinada em 1983), mais de 50 mulheres, em sua maioria trabalhadoras rurais, de Campo Alegre de Lourdes, Canudos, Casa Nova, Curaçá, Juazeiro, Pilão Arcado, Remanso, Sento Sé e Uauá participaram da Assembleia Regional da Rede Mulher. Realizada entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro, na Centra