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Mostrando postagens de agosto, 2017

Queda no número de operações contra trabalho escravo preocupa diante da reforma trabalhista

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Seriam necessárias, em média, uma fiscalização a cada dois dias para que, até o fim do ano, o número de operações contra o trabalho escravo fosse semelhante ao de 2016. Até o momento, segundo dados do Observatório do Trabalho Escravo, em 2017, só foram realizadas 18 operações de Grupo Especial de Fiscalização Móvel. Em 2016, foram 106. O Ministério do Trabalho está com estes serviços paralisados. Mesmo o governo sinalizando recentemente para uma queda no número de fiscalizações, em razão da crise, a análise dos dados apontam para uma redução ainda mais severa do que a imaginada pela rede de proteção. Ao fim de agosto, ter realizado apenas 16% do total feito em 2016 é preocupante para o Ministério Público do Trabalho, seja porque o estado brasileiro não prioriza o combate à prática que é uma afronta os direitos humanos, seja porque tal omissão tem impacto direto na arrecadação do próprio governo. “Esse é um corte que beneficia os maus empregadores, as cadeias produtivas altame

CPT Bahia realiza o I Encontro de Mulheres em Salvador

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“O que faz me sentir mulher?”. Essa foi uma das perguntas norteadoras do I Encontro de Mulheres da Comissão Pastoral da Terra – CPT Bahia, que aconteceu entre os dias 16 e 17 de agosto, na sede da entidade, em Salvador (BA). O encontro contou com a participação de 18 mulheres, agentes pastorais e voluntárias, que cantaram e contaram as suas histórias de vida e de suas ancestrais. As participantes refletiram sobre diversas questões: gênero, violência, sexualidade e o lugar da mulher na sociedade, na família e, principalmente, na CPT. Além das mulheres, o evento contou com a ajuda de alguns agentes, que participaram realizando outros serviços, para que todas pudessem estar presentes, de todos os setores. Segundo Gilmar Ferreira, coordenador regional da CPT Bahia, o encontro trouxe um grande aprendizado. “Foram dois dias excelentes, experiência fantástica. Muito aprendizado não só para a vida pessoal mas pensando no conjunto das relações homem e mulher, mulher e mulher, e home

Quinquim e sua grande herança viva

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Foto: Diego Limaverde Joaquim Ferreira da Rocha, casado com Luzia da Rocha, pai de 9 filhos (4 mulheres e 5 homens, 27 netos, 16 bisnetos, autodeclarando-se “irmão da luta” de milhares de pessoas. Com sua morte ele nos surpreendeu a todos. Como quando ele iniciava a fazer um pronunciamento e da sua boca saiam, clara como o sol do sertão, ideias e propostas de ação que convenciam a todos os seus companheiros e companheiras. Não pude estar presente ao velório com muita gente conhecida e comovida, mas a gente fez um velório individual aqui em casa e me saíram estas palavras, escritas e enviadas com o coração. Sem nenhuma pretensão de esgotar a personalidade de Quinquin que a gente, considera uma das melhores lideranças que a fé, a luta e as comunidades unidas de Casa Nova, no sertão norte da Bahia, produziram. Nessa noite, lembrei Quinquin assim:  Para todo o povo reunido se despedindo de Quinquim Seu nome ressoou de novo no meu coração, desta vez com o anuncio seco d

Chapada Diamantina: II Mutirão de Reflorestamento do rio Utinga e lançamento da Campanha de Conservação do Paraguaçu

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Com o tema “Bacia hidrográfica do Paraguaçu: raízes que geram vidas,” aconteceu na última quinta feira (17), no Assentamento São Sebastião de Utinga, em Wagner/BA, o II Mutirão de reflorestamento das margens do rio Utinga e o lançamento da campanha de conservação da bacia hidrográfica do rio Paraguaçu. Escolhido por simbolizar o início da luta pela terra na chapada diamantina, sendo o primeiro assentamento organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na região, o Assentamento São Sebastião de Utinga amanheceu ligado por uma corrente de união de diferentes Povos, organizados em associações, movimentos sociais, dioceses, sindicatos e escolas que, em comum, têm como objetivo: lutar em defesa da bacia hidrográfica do rio Paraguaçu. No evento foi apresentada a preocupação da população, dos movimentos sociais e de toda a sociedade civil com a situação da denominada “caixa d’água da Bahia” que é a Chapada Diamantina, composta por diversos rios que integram a ba

NOTA DE PESAR: Joaquim Rocha, líder comunitário de Areia Grande/Casa Nova

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Foto: arquivo familiar A Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Juazeiro manifesta solidariedade a todos e todas, amigos/as, familiares e companheiros/as de luta que sentem a morte do líder comunitário Joaquim Ferreira da Rocha, que aconteceu na manhã desta sexta-feira (18). Seu Quinquim, como era conhecido, nasceu na comunidade do Riacho Grande, que faz parte do território de fundo de pasto de Areia Grande, Casa Nova/BA, local que permaneceu durante toda sua vida. O agricultor, animador da comunidade, sempre defendeu este território tradicional e participava ativamente da luta pela permanência na terra das mais de 400 famílias que vivem no local. De uma força incomparável e sempre disposto a uma boa conversa sobre a história e lutas de Areia Grande, Seu Quinquim nunca desanimava com as injustiças sociais e inspirava a todos/as ao seu redor. Na última segunda-feira (14), o agricultor sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e desde então estava internado no Hospital Mun

CPT lança página especial na internet sobre os Massacres no Campo

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A CPT torna públicos os registros de massacres no campo, de 1985 a 2017. Esse tipo de crime sempre ocorreu no campo brasileiro, apesar de apenas alguns terem ganhado destaque no cenário nacional. Nesse período, a CPT registrou  45 massacres  que  vitimaram 214 pessoas  em  nove estados  brasileiros. De acordo com sua metodologia, a CPT reconhece como “massacre” casos em que um número igual ou maior que três pessoas foram mortas na mesma ocasião. Motivada pelos três crimes que ocorreram esse ano, no Mato Grosso, Pará e em Rondônia, a CPT desenvolveu essa página especial para dar visibilidade a todos os massacres no campo ocorridos nos últimos 32 anos, e mostrar para a sociedade que esse tipo de crime é mais uma das estratégias do capital para expulsar os povos de suas terras e territórios. Uma linha do tempo permite visualizar os massacres, cada qual com páginas específicas com informações sobre o ocorrido e um pequeno histórico dos casos. Fotos e vídeos fazem parte dos registr

Trabalhadores/as rurais de Pilão Arcado participam de Formação sobre Associativismo

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A história das organizações no Brasil, os direitos territoriais e o funcionamento e objetivos de uma associação foram algumas das temáticas debatidas em um encontro que reuniu representantes de associações de fundos de pastos e demais comunidades camponesas de Pilão Arcado. A Formação sobre Associativismo foi realizada durante cinco dias, no início deste mês, na Casa de Formação da Paróquia de Santo Antônio, localizada na sede do município, e em comunidades da região da Lagoa do Serrote. Esta é a terceira vez que a Formação acontece em Pilão Arcado. A agente da Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Juazeiro Marina Rocha, o assessor jurídico da CPT Centro Norte/BA, João Régis, e o técnico do Serviço de Assessoria a Organizações Populares e Rurais (Sasop) Adão Silva foram os animadores do encontro. A região Norte da Bahia apresenta um grande número de associações de comunidades de fundos de pastos formadas, entretanto, como explica Marina Rocha, devido às mudanças constan