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Mostrando postagens de maio, 2013

GOVERNO FEDERAL, NÓS VOLTAMOS", DIZ CARTA DE INDÍGENAS QUE OCUPAM CANTEIRO DA UHE BELO MONTE

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Cerca de 170 indígenas voltaram a ocupar, na madrugada desta segunda-feira (27), o principal canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Belo Monte, em Vitória do Xingu, no sudoeste do Pará. A reivindicação central é a de que as obras da usina hidrelétrica de Belo Monte e os estudos para a construção das usinas no Rio Tapajós sejam suspensos até que as consultas prévias aos povos indígenas sejam realizadas.   Os indígenas divulgaram carta explicando o movimento – leia abaixo - formado por indígenas Chipaia e Arara, que moram na Volta Grande do Xingu, além de representantes das etnias Kayapó, Munduruku e Tupinambá.   Eles afirmam que estes mega projetos de geração de energia causam graves impactos ambientais e sociais e destroem o modo de vida dos povos e das comunidades tradicionais da região. Se efetivada, a construção de Belo Monte, por exemplo, secará 100 quilômetros do rio na Volta Grande do Xingu. No caso da construção das hidrelétricas planejadas pelo governo para

DEZ ANOS DE ESCRAVIDÃO: E UMA VIDA SOBRE TRABALHO FORÇADO

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Janela na cozinha de alojamento que, segundo inspeção, era usado como residência                            Durante quase 10 de seus 49 anos de vida, Joaquim Eduardo* permaneceu alojado nos fundos de uma propriedade rural, em Dourados, no Mato Grosso do Sul (MS). Isolado, ele não dispunha, por lá, de água potável ou qualquer outra forma de abastecimento. Para matar a sede, tomar banho ou realizar necessidades, nesse período, deveria caminhar até um açude próximo, desde que o poço caipira que cavara quando começou a trabalhar no local, no final de 2003, secou. Os mantimentos, a cada dez ou quinze dias, eram trazidos pelo empregador, dono de três fazendas no distrito de Itahum. Basicamente, arroz, macarrão, um pouco de carne e feijão compunham a dieta do trabalhador. Fiscais do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), junto de agentes da Polícia Federal (PF) e do Departamento de Operações de Fronteira (DOF-MS) verificaram a situaçã

EMPREGADOS DE PARQUES EÓLICOS ACONSELHAM CAMPONESES A SAÍREM DE COMUNIDADES IMPACTADAS

De acordo com representantes de organizações populares que visitaram dez comunidades rurais de Campo Formoso nessa terça-feira 14,  empregados das usinas eólicas que  estão sendo instaladas na zona rural deste município aconselham as famílias a comprarem casas na cidade ou terras em outras áreas. Tais informações foram passadas pelas populações  a agentes da CPT e da Central de Fundo de Pasto durante o mutirão realizado essa semana.  Segundo informações do governo estadual,  para Campo Formoso estão previstos cinco parques eólicos,  coordenados pelas empresas Atlantic e Casa dos Ventos. As estruturas que já foram montadas têm alterado a rotina de quem sempre viveu da pequena agropecuária familiar na região.  Até onças estão descendo das serras para comunidades depois que aerogeradores foram instalados nas áreas de maior altitude.   Apesar dos impactos, o governo baiano vai gastar mais de seis bilhões de reais em usinas eólicas até o próximo ano em diferentes regiões da Bahi

A EX- IRMÃ GLEISE E OS ÍNDIOS: NO EMBATE ENTRE INDÍGENAS E O AGRONEGÓCIO GOVERNO FEDERAL MOSTRA DE QUE LADO ESTÁ

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Quero ser freira – ela disse. Já havia até escolhido a Congregação: a das Irmãs Franciscanas Bernardinas, com sede no Rio Grande do Sul. Isso foi em 1979, quando tinha 14 aninhos e vivia em Vila Lindóia, bairro de Curitiba. O pai Júlio, apavorado, brecou o ingresso da filha no convento. Não fosse isso, a Pastoral Indígena contaria hoje com a militância da irmã Gleisi, que teria acumulado experiências e conhecimentos capazes de conferir legitimidade ao discurso sobre problemas relacionados aos índios. Mas ela renunciou à sua vocação e, agora, sepultou definitivamente os ossos daquela freira natimorta que simpatizava com a teoria da libertação, que depois, já no PCdoB, militou no movimento estudantil, que foi presidente da União Metropolitana dos Estudantes de Curitiba e que aderiu ao PT. Pariu, em seu lugar, alguém que, embora desconheça por completo os problemas indígenas, pontificou nesta semana sobre o tema como se fosse refinada especialista. O corpo é o mesmo da ex-quas

BELO MONTE: "O GOVERNO PERDEU O JUÍZO", AFIRMAM INDÍGENAS

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Em resposta à nota da Secretaria Geral da Presidência da República sobre a ocupação do canteiro de obras de Belo Monte, indígenas lançaram carta rebatendo ataques do governo federal, nessa terça-feira (7). Há seis dias ocupados no principal canteiro de obras da hidrelétrica, os indígenas aguardam a presença do ministro Gilberto Carvalho no local. "O governo está ficando mais violento", afirma a carta. Os manifestantes apontam o recrudescimento da postura do governo, na imprensa e no próprio canteiro. "Nós permanecemos calmos e pacíficos. Vocês não", afirmam.      Segundo os indígenas, a área da ocupação foi militarizada, com presença em tempo integral de tropas armadas que "revistam as pessoas que passam e vem, a nossa comida, tiram fotos, intimidam e dão ordens", além de expulsar, multar e ameaçar de prisão jornalistas e retirar advogados e apoiadores. Na segunda-feira (6), os ocupantes realizaram uma coletiva de imprensa com jornalistas na

VALE É ACUSADA DE ESPIONAR MOVIMENTOS SOCIAIS

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A Vale é acusada por espionagem de movimentos sociais e defensores dos direitos humanos. A empresa também está sendo investigada pelo suposto grampo telefônico de conversas com jornalistas para investigar vazamento de informações sigilosas da empresa. A mineradora Vale está sendo acusada de realizar espionagem em entidades que organizam movimentos sociais e defensoras dos direitos humanos. A Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH) e a Organização Mundial Contra a Tortura (OMCT) foram informadas de recente abertura de investigações contra a Vale por suspeitas de atividades ilegais de inteligência e pediram que o governo brasileiro fizesse uma investigação imparcial sobre a companhia.

FEIRA DE SANTANA SEDIA ETAPA REGIONAL DA SEMANA SOCIAL BRASILEIRA

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Desconstruir o modelo de Estado vigente e garantir a participação popular no processo de construção de uma sociedade democrática é o centro das discussões propostas pela 5ª Semana Social Brasileira, que terá sua edição regional realizada de 3 a 5 de maio, no Centro de Pastoral Arquidiocesano – Papagaio (Avenida Dom Jackson Berenguer Prado – Estrada do Papagaio BR 116 s/n), em Feira de Santana – BA. O evento é mais uma etapa das Semanas Sociais que acontecem em todo o Brasil numa iniciativa das Pastorais Sociais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de refletir sobre o papel do Estado na vida dos brasileiros, suas contradições e possibilidades de superação.

OBRA DE PAULO FREIRE É DISPONIBILIZADA EM ACERVO DIGITAL

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Paulo Freire: educação para a tomada de consciência  Com caráter público e de livre acesso, o  Centro de Referência Paulo Freire  disponibiliza textos, entrevistas, vídeos e imagens do educador. Todo o material compartilhado tem o objetivo de preservar e divulgar a memória do pensador brasileiro que colocou a educação como espaço e caminho para a transformação social. O Centro ainda fornece em sua página na internet artigos e livros que podem ser baixados gratuitamente. No acervo há também publicações de diferentes autores que referenciam direta ou indiretamente o pensamento freiriano, como teses, monografias, poesias, programas radiofônicos, homenagens e depoimentos. Em 1996, Paulo Freire concedeu entrevista ao Diário de Pernambuco sobre os avanços tecnológicos.O educador afirmou que a falta de investimento dos governos brasileiros em educação desabilitava o país frente aos desafios apresentados. No entanto, Freire destacou que a sua avaliação não se centrava em uma anál

UM SEQUESTRO ESTATÍSTICO

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É uma figura pouco usual para definir uma questão de ordem no Brasil: o que é rural e o que é urbano? Um grupo coordenado pela professora Tânia Bacelar (UFPE) e mais 15 pesquisadores pretende destravar esse nó, num projeto financiado pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário. O IBGE aponta a população rural brasileira com 15,64%, quase 30 milhões de habitantes, segundo o censo de 2010. Os pesquisadores como Tânia Bacelar acham que pode ser o dobro.  Na raiz do problema um decreto de 1938, governo Getúlio Vargas, que define como urbano o perímetro definido pelos prefeitos locais. No Brasil cerca de quatro mil cidades têm até 20 mil habitantes. Somos 84,36% de brasileiros urbanos, ou há algo errado nessa história? O país conta com 5.505 municípios com seus distritos e vilas. O Brasil é o país com o maior número de cidades do mundo. Lembro quando costumava viajar pela Belém-Brasília, em direção ao Tocantins, e passava pelos limites urbanos de municípios localizados