COMUNIDADES SE REÚNEM PARA DEFEDENDER TERRITÓRIO VÍTIMA DE GRILAGEM EM CAMPO ALEGRE DE LOURDES
As comunidades de Baixão, Baixãozinho, Baixão Grande , Angico dos Dias e
Assu se reuniram na última terça-feira 15 de dezembro para discutir
formas de proteger seu território de grilagens e grandes empresas. O
encontro aconteceu em Angico dos Dias e reuniu mais de 50 participantes.
Durante a reunião, os/as camponeses/as decidiram que precisam criar, em
conjunto, associações de fundo de pasto, já que vivem neste regime de
produção de caprinos e ovinos há gerações.
O território dessas comunidades esteve ameaçado por Vandérli Dias da
Costa, que tentou se se apossar de uma área com mais de 44 mil hectares
na região.
Ele ainda conseguiu uma liminar do juiz de Remanso Dario
Gurgel para impedir que dois camponeses pudessem trabalhar em suas
próprias terras.
Mas o Tribunal de Justiça da Bahia derrubou a liminar concedida em
primeira instância. Para os juízes do TJ, o documento apresentado por
Vandérli não tinha consistência para provar que ele seria o legal
proprietário da área onde vivem oito comunidades.
Para a camponesa Diva Bastos, conhecida como Dona Meninha, de Angico dos
Dias, o processo de organização é fundamental. “Nós temos que lutar ,
criar uma associação, para, dentro da associação, nos defendermos a
nossa terra”.
Já o camponês Ildemar Francisco da Silva, da comunidade Baixãozinho,
reafirma a importância da união comunitária. “Quanto mais pessoas a
gente reunir melhor, porque quanto mais pessoas mais força”.
Como encaminhamento da reunião, os/as participantes deixaram agendada
uma formação sobre associativismo para mês de janeiro, na comunidade
de Baixãozinho.
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