Comoção e compromisso, em Areia Grande, na festa dos 35 anos da CPT de Juazeiro
Novembro 2011 nos brindou, em Juazeiro, com a festa que os 35 anos da CPT merecia.
Alem de profundas e necessárias analises socio-economicas e políticas, o brilho mais intenso da festa ficou para a jornada conclusiva, em Areia Grande de Casa Nova. Como devia ser, tratando-se da CPT.
Quinhentas pessoas, das comunidades de Fundo e Fecho de Pasto e agentes pastorais de ontem e de hoje, marcaram encontro, no meio da caatinga intensamente verde. Mais uma vez, a “guarita dos grileiros” que já virou, há tempo, centro comunitário de reunião, formação e reza, ainda que reformada, foi pequena para acolher tanta gente. Quem conheceu o pobre Zé de Antero, que lutou e resistiu na caatinga até ser barbaramente assassinado, com certeza viu seu sorriso alegre pelo seu sonho coletivo retomando alento: terra, água, fartura de comida, música, dança e, sobretudo liberdade e autonomia de quem sabe repartir a fartura festiva, sem consumismo. Com resistência organizada e vigilante, até a vitoria definitiva.
O clima pascal reverberava na luminosidade do céu de verão, nas lagrimas de alegria, na carne de bode, assada, cozida e repartida com fartura bíblica. O povo das comunidades de Areia Grande, os visitantes e a CPT “faziam isto em memória de Jesus” e dos momentos inesquecíveis vividos nos 35 anos de CPT. A partir daqui essa intuição e prática profética, chamada CPT, iniciou seu caminho baiano, encorajada por dom José Rodrigues que todos sentem ainda presente.
Assim, tudo virou celebração e comunhão: a roda grande da missa e das palavras, os abraços, o serviço organizado da comida e da bebida para todos, a dedicação silenciosa de quem cozinhava, os tocadores e as músicas dos jovens que saudavam “as andorinhas voltando”,.os mais velhos abraçando quem não viam há mais de trinta anos. Não era só a festa da CPT mas a festa do reencontro, da memória e do compromisso, para reforçar relacionamentos humanos vivenciados. Generosos e solidários, com gratuidade.
Os primeiros agentes da CPT experimentaram aqui, lado a lado do povo, uma experiência de ressurreição coletiva e recíproca com quem era esmagado pelo sofrimento e pela negatividade tenebrosa do preconceito, da violência, do autoritarismo legalizado e armado.
“A experiencia que fizemos com vocês, há 35 anos atrás, nos transformou totalmente a todos nós que aqui estamos. Areia Grande nos fez novos homens e novas mulheres, e deu a todos - povo e CPT - nova força e novas posturas que jamais nos deixarão retroceder! Obrigado”.

Foi com estas palavras, que Angélica e Edu agradeceram, olhando nos olhos do povo e de todos os agentes da CPT, com lúcida comoção, ao lembrar sua presença e trabalho pioneiros por aqui.
Suas palavras nos parecem o suco essencial desta “co-memoração”, para o povo e para a CPT, seguirem a travessia.
Alem de profundas e necessárias analises socio-economicas e políticas, o brilho mais intenso da festa ficou para a jornada conclusiva, em Areia Grande de Casa Nova. Como devia ser, tratando-se da CPT.
Quinhentas pessoas, das comunidades de Fundo e Fecho de Pasto e agentes pastorais de ontem e de hoje, marcaram encontro, no meio da caatinga intensamente verde. Mais uma vez, a “guarita dos grileiros” que já virou, há tempo, centro comunitário de reunião, formação e reza, ainda que reformada, foi pequena para acolher tanta gente. Quem conheceu o pobre Zé de Antero, que lutou e resistiu na caatinga até ser barbaramente assassinado, com certeza viu seu sorriso alegre pelo seu sonho coletivo retomando alento: terra, água, fartura de comida, música, dança e, sobretudo liberdade e autonomia de quem sabe repartir a fartura festiva, sem consumismo. Com resistência organizada e vigilante, até a vitoria definitiva.
O clima pascal reverberava na luminosidade do céu de verão, nas lagrimas de alegria, na carne de bode, assada, cozida e repartida com fartura bíblica. O povo das comunidades de Areia Grande, os visitantes e a CPT “faziam isto em memória de Jesus” e dos momentos inesquecíveis vividos nos 35 anos de CPT. A partir daqui essa intuição e prática profética, chamada CPT, iniciou seu caminho baiano, encorajada por dom José Rodrigues que todos sentem ainda presente.
Assim, tudo virou celebração e comunhão: a roda grande da missa e das palavras, os abraços, o serviço organizado da comida e da bebida para todos, a dedicação silenciosa de quem cozinhava, os tocadores e as músicas dos jovens que saudavam “as andorinhas voltando”,.os mais velhos abraçando quem não viam há mais de trinta anos. Não era só a festa da CPT mas a festa do reencontro, da memória e do compromisso, para reforçar relacionamentos humanos vivenciados. Generosos e solidários, com gratuidade.
Os primeiros agentes da CPT experimentaram aqui, lado a lado do povo, uma experiência de ressurreição coletiva e recíproca com quem era esmagado pelo sofrimento e pela negatividade tenebrosa do preconceito, da violência, do autoritarismo legalizado e armado.
“A experiencia que fizemos com vocês, há 35 anos atrás, nos transformou totalmente a todos nós que aqui estamos. Areia Grande nos fez novos homens e novas mulheres, e deu a todos - povo e CPT - nova força e novas posturas que jamais nos deixarão retroceder! Obrigado”.
Foi com estas palavras, que Angélica e Edu agradeceram, olhando nos olhos do povo e de todos os agentes da CPT, com lúcida comoção, ao lembrar sua presença e trabalho pioneiros por aqui.
Suas palavras nos parecem o suco essencial desta “co-memoração”, para o povo e para a CPT, seguirem a travessia.
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