MUTIRÃO EM CAMPO ALEGRE DE LOURDES DESTACA OS DESAFIOS E A LUTA DAS COMUNIDADES RURAIS
As maiores preocupações levantadas no mutirão foram as
dificuldades já enfrentadas em relação a estiagem. Foi constatado que já
existem comunidades sem água e sem produção. Os impactos causados com a mineração, sobretudo com a construção da barragem de rejeito, que foi iniciada no entorno
da mina em Angico dos Dias, pode prejudicar cerca de 400 famílias num total aproximado de 2000 pessoas de diversas comunidades. A continuidade da pesquisa de minério em outras
comunidades, o descaso com a educação, crianças que saem para estudar e não
chegam até as escolas porque o transporte escolar não está funcionado por falta
de pagamento; postos de saúde sem funcionar, dentre outros problemas também foram discutidos. Uma grande
preocupação também é em relação a situação do país,, principalmente no que diz
respeito ao desemprego.
As famílias que têm filhos em São Paulo informaram que devido
a maioria está desempregada, são elas que estão assumindo as despesas com
alimentação e até com aluguel Sobre a situação da situação da terra foi levantada a
preocupação com a pouca terra ou a falta dela, bem como com o processo de
regularização fundiária de minifúndio que está sendo executado.
Os pontos positivos observados durante o mutirão de Campo Alegre de Lourdes foram a organização das comunidades e
associações para lutar por seus direitos, para defender a terra e o território;
desenvolvendo experiências de convivência com o semiárido, no acesso à água, na
produção de alimento saudável ao redor das cisternas de produção e na defesa do
meio ambiente, principalmente no enfrentamento à mineração.
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