MUTIRÃO EM CAMPO ALEGRE DE LOURDES DESTACA OS DESAFIOS E A LUTA DAS COMUNIDADES RURAIS


Agentes da CPT da Diocese de Juazeiro, da Paróquia de Nossa Senhora de Lourdes e representantes do SASOP e da Articulação Regional de Fundo de Pasto da região de Juazeiro estiveram visitando as comunidades rurais do município de Campo Alegre de Lourdes, nos dias 15, 16 e 17 de agosto de 2016. O mutirão faz parte da programação das atividades do Fórum das Entidades e teve como objetivo  ver a situação das comunidades, as problemáticas enfrentadas,  os avanços da caminhada, os desafios a serem enfrentados, o processo organizativo, animar a caminhada e   preparar  a Assembleia de Trabalhadores e Trabalhadoras a ser realizada nos dias 02 e 03 de setembro próximo.

As maiores preocupações levantadas no mutirão foram as dificuldades já enfrentadas em relação a estiagem. Foi constatado que já existem comunidades sem água e sem produção. Os  impactos causados com a mineração, sobretudo com a construção da barragem de rejeito, que foi iniciada no entorno da mina em Angico dos Dias, pode prejudicar cerca de 400 famílias  num total aproximado de 2000 pessoas de  diversas comunidades. A continuidade da pesquisa de minério em outras comunidades, o descaso com a educação, crianças que saem para estudar e não chegam até as escolas porque o transporte escolar não está funcionado por falta de pagamento; postos de saúde sem funcionar, dentre outros problemas também foram discutidos.  Uma grande preocupação também é em relação a situação do país,, principalmente no que diz respeito ao desemprego.

As famílias que têm filhos em São Paulo informaram que devido a maioria está desempregada, são elas que estão assumindo as despesas com alimentação e até com aluguel Sobre a situação da situação da terra foi levantada a preocupação com a pouca terra ou a falta dela, bem como com o processo de regularização fundiária de minifúndio que está sendo executado.


Os pontos positivos observados durante o mutirão de Campo Alegre de Lourdes foram a organização das comunidades e associações para lutar por seus direitos, para defender a terra e o território; desenvolvendo experiências de convivência com o semiárido, no acesso à água, na produção de alimento saudável ao redor das cisternas de produção e na defesa do meio ambiente, principalmente no enfrentamento à mineração.

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