Reforma da Previdência é tema de encontro de mulheres na comunidade Garapas em Casa Nova
Uma das prioridades do governo Jair Bolsonaro (PSL) é a chamada reforma da previdência, que prevê mudanças
nas regras de contribuição e benefícios. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas
e Estudos Socioeconômicos (Dieese), se aprovada, a reforma vai afetar significativamente mais mulheres que
homens. Os efeitos da reforma da previdência para as mulheres, especialmente,
para as trabalhadoras rurais, foi uma das principais questões debatidas durante
o encontro de mulheres da comunidade de fundo de pasto Garapas, em Casa Nova.
Realizado
no último sábado (13), o encontro teve início com a discussão
sobre as desigualdades entre os gêneros feminino e
masculino, nos
âmbitos político e
doméstico. Alguns participantes descreveram situações discriminatórias do
cotidiano. “Quando a Dilma tava no poder, tinha gente que dizia que mulher não
sabe administrar o Brasil, o preconceito é muito grande”, foi enfatizado em uma das falas.
O debate seguiu com o tema central: os direitos das mulheres à aposentadoria.
Olhares atentos
acompanhavam o cartaz posto na parede que sinalizava as regras atuais da Previdência e o que mudaria com a aprovação da PEC 06/2019. Exemplos
foram citados, como o ajuste de valores dos benefícios, a situação da trabalhadora da rural
e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
As mudanças nas regras
da aposentadoria não levam
em conta a tripla jornada que a mulher enfrenta. Para a presidente da Associação de Fundo de Pasto da Garapas, Vaneide
Braga, 41, a discussão
trouxe pontos que até então ela não conhecia. “A gente ouvia falar sobre o
assunto, mas nunca tinha visto na prática, como estamos vendo agora. Foi muito
importante para mim, esses encontros são uma riqueza de conhecimento”,
enfatizou.
O debate gerou ainda reflexão para aquelas que nunca contribuíram. É o caso
da estudante Joselina
Pereira, de 19 anos. Para ela, conversar com outras mulheres sobre esse assunto
a deixa mais segura. “Foi bom aprender mais, uma pessoa dando uma ideia, ajuda
os outros. Porque, por aqui, às vezes as coisas são devagar”, relatou.
Texto e fotos: Comunicação CPT Juazeiro
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