TRABALHADORES DE PARQUE EÓLICO EM CASA NOVA FAZEM GREVE

           





Menina dos olhos da Presidente Dilma a geração de energia alternativa e limpa, que em tese afastaria o risco de apagão e alavancaria o desenvolvimento do Nordeste, esbarra na burocracia, na desonestidade e na incompetência governamental.

Entre 26 parques eólicos implantados ou em implantação no Brasil só o Parque de Casa Nova, no município do mesmo nome no Norte da Bahia, é uma obra de propriedade do próprio governo através da CHESF, “a dona da obra”. Os outros, no Ceará e na Bahia, apesar de terem sido financiados pelo BNDES são propriedade de empresas particulares.



E, sem novidade, só o Parque de Casa Nova, que prevê a construção de 120 torres para captação de energia eólica a um custo estimado de 800 milhões de reais, está com problemas. Problemas na construção, na logística de entrega das pás e equipamentos, desperdício com armazenamento, estruturas ao relento e a partir desta semana funcionários em greve por falta de pagamento.

Em torno de mil funcionários de empresas terceirizadas pela ganhadora da concorrência, IMPSA Wind, que repassou a operação de construção das torres a diversas outras pequenas empresas, pararam o que já estava parado. Querem seus salários.

Do lado da CHESF – Companhia Hidro Elétrica do São Francisco ninguém fala. O engenheiro responsável pelo acompanhamento da obra, ressaltando que não tem autorização para falar, diz que “o problema da paralisação é interno. Ainda estamos dentro do cronograma, então a CHESF não tem o que cobrar das empresas”.

Nesta quarta-feira, 06 de agosto, pelo menos 400 operários realizaram uma manifestação no canteiro de obras. Vindo de Casa Nova à procura de alguma pessoa que pudesse desfazer ou confirmar o boato que a TEC teria falido e que não iria honrar com os salários atrasados. Não apareceu representante que possa responder pela empresa e o funcionário da CHESF continua insistindo que o problema é interno: “A CHESF não se envolve com as questões das terceirizadas. A obra está dentro dos prazos”.

Sem muita mobilização e organização os trabalhadores a manifestação, foi esvaziada pela ausência de quem dialogar no canteiro. As outras empresas dispensaram os funcionários.

Da IMPSA nenhum representante, pelo menos “a duas semanas”, de acordo com o relato de um dos líderes operários. As outras empresas, TEC, DOIS A, CGE, Construcel e IM não tem representantes legais no canteiro de obras, que hoje é um deserto vigiado por um solitário guarda armado.

De acordo com Eduardo Rodrigues da Silva, integrante da CIPA e liderança do movimento, operadores de guindastes ficaram mais de três meses indo para a obra, distante dez quilômetros da sede de Casa Nova, recebendo salários à espera das pás das torres que ainda estão no porto de SUAPE em Recife. Outros operários especializados também vivenciaram a mesma situação e a maioria, em torno de mil “peões”, deslocados para a limpeza do terreno e manutenção da estrada de acesso, toleraram a falta de pagamento por dois meses.

Informações correntes entre os empreiteiros dão conta de que 70% dois recursos foram liberados e menos de 30% das obras estão concluídos.

Fonte: Geraldo José

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