ORGANIZAÇÕES SOCIAIS DISCUTEM COMO EVITAR CASOS DE TRABALHO ESCRAVO EM BONFIM E REGIÃO
Organizações populares se
reuniram durante essa terça-feira 16 em Senhor do Bonfim para definir como
evitar que homens e mulheres da região sejam aliciados para trabalho escravo em
outras cidades e estados. O encontro faz parte da Campanha Contra o Trabalho Escravo e
aconteceu na seda da Pastoral da
Criança. O objetivo foi criar um núcleo de
entidades da sociedade civil que combata a migração de pessoas para cativeiros,
que se dá a partir de falsas promessas de emprego.
Em municípios como
Pindobaçu, Antônio Gonçalves, e o povoado de Tijuaçu, em Senhor do Bonfim, são
comuns relatos de trabalhadores que foram levados por “gatos” para trabalhar como escravos ou em situações de trabalho degradante.
Para a integrante da
Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Senhor do Bonfim, Maria Aparecida, a região
tem sido uma fonte para empresários que buscam mão de obra escrava devido à
falta de oportunidade de emprego e renda nessas cidades. “Trabalhadores de Bananeira
dos Pretos, comunidade quilombola de Antônio Gonçalves, relataram para agentes
da pastoral que foram aliciados e depois vendidos por três reais em Barreiras”,
cita.
De acordo com dados da
CPT e do Ministério Público do Trabalho,
no ano passado foram registrados 6 casos de trabalho escravo na Bahia. Foram
173 pessoas envolvidas. Todas as situações foram fiscalizadas. Dos escravizados,
noventa e três foram libertados.
A reunião dessa terça contou
com a presença representantes dos sindicatos dos trabalhadores rurais de
Bonfim, Antônio Gonçalves, Pindobaçu e Saúde, a Aresol, Escola Família Agrícola
de Quixabeira, a secretaria de Educação de Campo Formoso, Pastoral da Juventude
Rural, CPT e Pastoral da Criança.
Entre os encaminhamentos,
as organizações marcaram para primeira quinzena de junho uma oficina de formação. A intenção é capacitar agentes para divulgar a Campanha em
comunidades rurais da região.
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